12 de jun. de 2011


"Homem de verdade não lê livro sobre uma classe social específica?


Ou nas suas palavras "homem de verdade" é vocativo e "lê" é imperativo? Você está me pedindo para não ler livros sobre lords?

Mas eu entendo o que você diz. O conceito moderno de hombridade é quase exclusivamente proletário. O conceito tradicional era mais estreito: hombridade é coragem diante da morte. O resto é firula. Pode ouvir Judy Garland, pode comer cupcake. Quando chamado para o campo de batalha, vai sem hesitar.

Um proletário vê um cupcake e, como um cupcake não parece uma ratazana guinchando, acha afeminado comer aquilo.

Com a grande inversão de valores, as classes baixas passaram a ser o modelo do mundo, e com isso a idéia que ela tem do que seja "homem de verdade" passou a se espalhar para as outras classes. Os únicos exemplos populares de hombridade não-proletária dos últimos cem anos são James Bond e Hannibal Lecter - e não por acaso Lecter é acusado de gay pelo personagem mais vulgar da história, Paul Krendler (porque Lecter "likes classical concerts and all this artsy-fartsy stuff", citando de cabeça).

Mas para um proletário até raspar o tártaro dos dentes é meio gay. Não se pode fazer uma sociedade funcionar usando as classes baixas como modelo".



Ele continua sendo uma major crush virtual, mas podia postar mais vezes.



Nenhum comentário: